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Foto do escritorDiego Oliveira

O “quiet quitting” e a importância das mudanças na relação de trabalho


 

O quiet quitting pode ser traduzido como “desistência silenciosa’’, “saída silenciosa” ou “renúncia silenciosa”. Esse termo tem sido muito utilizado, principalmente após o período de pandemia, para resumir a conduta do funcionário que, ao invés de pedir demissão, reduz o seu trabalho apenas ao necessário para sua função.


O quiet quitting surge na esteira de outro fenômeno recente, a Great Resignation – ou a Grande Renúncia – que se tornou um fenômeno no mundo durante a pandemia, quando milhares de pessoas saíram de seus empregos, causando recordes de demissões e muita escassez de talentos no mercado de trabalho.


Houve ainda a popularização do termo, após a postagem de um vídeo em rede de entretenimento, no qual o responsável explicou o conceito e deu orientações sobre o movimento.

Embora haja diferenças entre quiet quitting e a Great Resignation, na medida em que, no primeiro movimento, não há o pedido expresso de demissão, ambos os termos estão conectados ao sentimento de insatisfação no ambiente profissional.


As pessoas passaram a procurar por mais equilíbrio na vida pessoal com a profissional, seja pela falta de reconhecimento no trabalho (insatisfação e desvalorização), ou até mesmo por conflitos com superiores, por exemplo.


Em síntese, a prática do quiet quitting implica em não se envolver além do exigido pelo cargo, abandonando a iniciativa de contribuir além do básico esperado, eliminando a ideia de se fazer mais do que se espera.


Corresponde à conduta de quem deseja estabelecer, de forma mais clara, os limites entre o trabalho e a vida pessoal para evitar sobrecarga e problemas provenientes dos excessos. Em síntese, evita-se a ideia de “viver para trabalhar”, para inibir síndromes desse estresse, como o burnout.


Apesar de não ser a ideia central do movimento, em determinados casos, a prática chega a ser utilizada para um pedido indireto de demissão.


Respeitada a complexidade e importância do tema, é fato que essa postura pode trazer grandes prejuízos ao mundo empresarial, já que há uma redução da produtividade, e da interação dos colaboradores, fatores extremamente prejudiciais aos negócios.


Nesse cenário, o quiet quitting passou a fazer parte dos grandes desafios enfrentados pelas empresas como um todo, no sentido de ser promovido um maior engajamento entre os funcionários, bem como despertar a atração de novos talentos, de forma que haja o aumento sustentável da produtividade.


As empresas devem adotar medidas para garantir que seus funcionários encontrem o equilíbrio sem deixar de lado o comprometimento com a organização.


E os líderes exercem um importante papel nesse ponto, pois eles devem acompanhar de perto a participação e a devolutiva dos seus funcionários, entendendo o que pode ser melhorado nos processos e procedimentos. Inclusive, algumas práticas são essenciais para isso, quais sejam:



Comunicação clara e aberta entre líderes e equipes

Possibilidade de crescimento profissional

Estabelecimento dos limites de trabalho

É essencial que o funcionários se sintam valorizados e ouvidos. Os líderes devem oferecer feedback regular e construtivo, promovendo uma cultura de transparência onde as ideias e preocupações dos funcionários sejam bem-vindas.

Oportunidades de crescimento profissional, como treinamentos e programas de desenvolvimento, são valorizadas pelos colaboradores e demonstram o comprometimento da empresa com seu progresso.

Estabelecer limites de trabalho saudáveis, como pausas regulares e flexibilidade de horários, é importante para garantir o equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos funcionários.



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